Momentos de início ou de retomada, em alguns casos, geram estresse e muita ansiedade. Em outros casos, incerteza por não saber com o que vamos encontrar. Onde, antes, havia um professor que recebia os alunos com um abraço, agora, há alguém parecido a este professor, porém atrás de uma máscara e com um vidro de álcool em gel, ensinando-lhes, além de basquete, normas de higiene e cuidado pessoal. Para muitos, sua primeira experiência no esporte, que não sabem bem como é, apesar de gostarem de vê-lo na tela ou se deslumbrarem com os passes de Marcelinho Huertas na Espanha e, Campazzo, na NBA. Para outros, a sensação de reencontrar seus companheiros e com o lugar onde mais desfrutam e podem ser, no sentido mais amplo da palavra.
Do outro lado, um pai, mãe ou responsável fazendo malabares com os horários familiares, laborais e sociais para chegar a tempo do treino. Ordenando, milimétricamente, cada movimento para poder dedicar uma hora a uma atividade que sabe que faz bem para seu filho ou filha. Que o mantém ativo, que gera hábitos saudáveis, que o vincula com outras crianças com mesmos interesses e que o permite se divertir!
E, no meio: uma bolha. Entretanto, não é a bolha de que tanto se fala atualmente. A do colégio. A do grupo reduzido, que com distanciamento social, nos permitiu voltar às aulas presenciais. A que se deve medir a temperatura na entrada junto com a entrega de uma declaração jurada.
Essa bolha é diferente. É uma bolha que isola no pior sentido. É uma bolha que não nos permite chegar perto. Nos afasta. Nos distancia. Nos impede de nos conectar visualmente e buscar gestos de cumplicidade diante de qualquer boa ação que nossos filhos façam na quadra. É uma barreira que eles encontram quando demandam a nossa atenção. Porque, por mais que não demonstrem, ou inclusive, que os incomodemos, eles sabem que estamos ali. E gostam que estejamos ali! Sentem-se mais seguros. Sentem-se respaldados. Desfrutam que sintamos orgulho de vê-los jugar, aprender e se divertir.
Essa muralha que quebra a mágica que é um pai, mãe ou responsável vendo seu filho desfrutando, fazendo o que ele mais gosta, é a bolha digital! Esse bendito aparelho que temos nos nossos bolsos ou em nossas bolsas, que, apesar de terem sido inventados para nos comunicar, se não os usamos responsavelmente, pode nos isolar dos momentos mais maravilhosos que podemos dividir com nossos filhos e filhas. São projetados para captar a nossa atenção o tempo todo, impedindo-nos de nos focar no que verdadeiramente interessa: ver nossos filhos crescer.
Por isso, te proponho o seguinte: quando você for levar seu filho ou filha ao clube, sente-se em algum lugar, ponha-se em silêncio e observe-o. Conecte-se com ele ou com ela. Pisque um olho quando faça algo bem ou felicite-o com um polegar para cima, para demonstrar-lhe segurança. Só a tua presença, não apenas corporal, senão atencional, levará a ele tranquilidade e o fará mais forte. Deixe a foto e a história da rede social para depois. É o momento de furar a bolha.
por Pablo Genga
Tradução: Filipe Ferreira
Em abril de 2025, acontecerá em Mar del Plata – Argentina, o 1º Train and Play LG. O evento inclui treinos, oficinas de arremesso, jogos competitivos, torneios de 3x3, todas as refeições, hospedagem e traslados.
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