Os formadores de mini basquete desejamos que, quando alguém observe nosso time em quadra, descubra uma identidade de jogo. “Nós jogamos com esta filosofia”. Esta ideia de jogo, esta maneira de pensar e sentir o mini basquete, em definitiva: “Esse é meu time”.
Esta etapa identificada pela formação abrange dos 6 aos 12 anos. O percurso se constrói, às vezes, com trajetórias de complexidade crescente e, outras vezes, nem tanto. Por exemplo, a incorporação de jogadores e jogadoras no meio de um processo é habitual e esperada. Para continuar avançando com essa reflexão, vamos nos posicionar em um caminho planejado, sistemático e avaliado (próximo do ideal) sem deixar de atravessar essa visão com duas palavras determinantes: o contexto de cada clube/academia e o depende, em função das biografias motoras.
A meio caminho entre um mini basquete, por um lado, marcado pelo jogo recreativo, relegando a perspectiva tática e/ou perceptiva-decisional, ou uma proposta de especialização apressada, sets ofensivos fechados, defesas zonais ou atalhos táticos, por outro, escolhemos nos posicionar na visão necessária e complementar entre se divertir e melhorar no mini basquete.
☑️ No ataque, somos verticais, sempre atacamos a cesta como característica distintiva do time.
☑️ Romper e descarregar como ideia principal no ataque, ler e aproveitar as vantagens.
☑️ Descartar os cortes coreográficos pelo jogo sem bola, gerando superioridade numérica.
☑️ A bola manda no ataque, nos comportamos em função dela.
☑️ Ocupamos os espaços de forma inteligente, equilibramos a quadra, balanceamos a quadra, clareamos a quadra.
☑️ Defesa individual campo inteiro como ideia inicial. O jogo se encarregará de adaptar essa regra em função das possibilidades e necessidades próprias e do outro time.
☑️ Ajudo quem me ajuda. Quando perco meu jogador, me beneficio com uma ajuda defensiva e ajusto essa situação o mais rápido possível.
☑️ Sempre corremos, buscamos um jogo dinâmico e de risco.
☑️ Sintetizando, buscamos ser intensos (velocidade com precisão) em todos os setores da quadra.
☑️ Controle do corpo e da bola. A partir daí, apresentamos a resolução de problemas.
☑️ Levantar a cabeça, na verdade, levantar o olhar.
☑️ Jogar sem a bola, conseguir vantagens sem a bola. Sempre estou em atividade (perceptiva-cognitiva e motora).
☑️ Espaço básico, não atrapalhar meus companheiros nem a bola. Me movimento em função do que o jogo me dá e tira. Muitas vezes, permanecer no lugar é a melhor decisão.
☑️ Liberdade com a bola. Ordem e regras sem a bola. Quando tenho a posse, fomentamos a criatividade e a inovação. Quando não a tenho, trabalhamos espaços e tempos.
☑️ Tomar a iniciativa no ataque. Para ser verticais, é preciso atacar e estar dispostos a aprender com os erros. Devemos conseguir muitos arremessos nesta etapa.
☑️ Permitimos e fomentamos ser criativos e correr riscos.
☑️ Todos jogamos de tudo. Sem papéis específicos. Todos devem contribuir no ataque.
☑️ Defender para incomodar o ataque. Atacar a partir da defesa.
☑️ No mini basquete, defendemos desenvolvendo as habilidades básicas gerais, as combinadas, a boa percepção espaço-temporal e uma atitude agressiva com a meta de recuperar a bola o mais rápido possível.
☑️ Times com mãos ativas na defesa. Atividade na defesa.
☑️ Na transição, é determinante passar a bola para a frente. A ideia é jogar rápido (não apressados).
☑️ Todos os jogadores/as têm responsabilidade e devem ter garantido o direito de melhorar.
☑️ As boas decisões devem ser reconhecidas além do resultado, reconhece-se a tentativa, sempre.
A pergunta final que surge é: Qual caminho estamos dispostos a tomar no mini basquete? Vamos pela zona de conforto, de controle, ou pela zona de aprendizagem, de desenvolvimento? Sempre é bom lembrar que esta etapa de iniciação é atravessada pela ideia de recompensas tardias. É preciso confiar nos bons processos. Há tempo para sermos campeões.
Busquemos liderar com paixão, exemplo e paciência para sermos lembrados pelos nossos jogadores e jogadoras com o passar do tempo.
por Juan Lofrano
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