O basquete é um dos denominados esportes de invasão. Esta classificação, feita por Len Almond (1986), ordena os esportes de acordo à similitude dos princípios táticos básicos e da natureza problemática do jogo. Define sua lógica interna, a qual é uma categoria de análise que serve para estudar e aperfeiçoar seu ensino.
Associação LG 2021 - Especialização no Mini Basquete
As características principais dos esportes de invasão consistem em que duas equipes se enfrentam no mesmo campo de jogo, tentam conservar a bola e progridem até a meta com o objetivo de anotar. Enquanto isso, a equipe rival faz o possível por roubar essa bola, por obstruir o avanço até sua meta e por impedir que o rival anote.
Podemos identificar três grandes momentos nos esportes de invasão: o momento do ataque, o momento da defesa e as transições. Ou seja, esses momentos de troca de posse de bola, seja do ataque à defesa ou da defesa ao ataque.
Nas práticas de mini basquete nos encontramos muitas vezes com atividades propostas para desenvolver cada uma destas fases do jogo: atividades que tendem a melhorar os conceitos ofensivos, atividades defensivas, atividades de contra golpe, se entende assim a passagem da defesa ao ataque, e atividades de balanço defensivo, a passagem do ataque à defesa.
Então, quantas vezes oferecemos em nossas práticas situações que sequenciem diferentes fases do jogo? Uma atividade cujo objetivo seja o desenvolvimento dos conceitos ofensivos? Cujo objetivo seja finalizar em uma situação de transição defensiva e posterior defesa? Uma atividade orientada à melhora dos deslocamentos defensivos? Que tenha como objetivo finalizar com uma proposta de transição ofensiva e posterior definição?
A resposta a todas estas perguntas é um grande sim. De fato, se nossa intenção é promover a dinâmica do jogo e a passagem rápida de uma fase à outra, devemos treiná-los em nossas práticas para que se gere o hábito.
Um claro exemplo é a situação na qual o rival nos anota facilmente. Temos duas opções: ou lamentamos e repomos a bola de maneira lenta até que façamos uma catarse por ter recebido um ponto ou damos a volta por cima rapidamente, repomos a bola na quadra e tentamos atacar rápido para surpreender a defesa mal posicionada e obtemos uma conversão fácil. Esta última opção se treina durante todas as nossas práticas até que se gere um hábito.
É fundamental pensar e colocar em ação “o que acontece depois”. É uma chave para oferecer continuidade num jogo que cada vez se torna mais rápido e dinâmico.
por Pablo Genga
Tradução: Filipe Ferreira
O treinador Ramiro Díaz Cuello desenvolve exercícios para jogadores em formação, desde a categoria mini em diante, com processos metodológicos para aplicar a nova regra em diferentes situações.
Existem cinco regras que são fundamentais para desenvolver este conceito defensivo. Um fator importante, além disso, é regular as intensidades.
Um percurso de perguntas para pensar no ano que se inicia e definir nossos objetivos com base em dados concretos.
É correto dar o primeiro passo ensinando pouco e bem. Embora possa parecer uma abordagem pouco ambiciosa, uma visão pouco arriscada.