O que a pandemia nos deixou

A frase que diz que a “cada crise podemos vê-la como uma oportunidade” é muito velha, mas não é porque é velha que deixa de ser atual. Esta situação que estamos vivendo, treinadores e treinadoras de basquete, nos deu tempo para fazer coisas que sempre quisemos, mas nunca tivemos tempo. Desta forma, as coisas, as oportunidades para se capacitar com os melhores treinadores do mundo estão a um click de distância. Ao vivo ou gravado, palestras sobre gestão de equipe, táticas ofensivas ou defensivas, ensino da técnica individual e “scouting”, entre outras, são mais acessíveis do que nunca.

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Por outro lado, aqueles não tão amigos da tecnologia tiveram que se adaptar para reinventar suas práticas e manter o vínculo com seus jogadores e jogadoras. Apareceram os treinamentos por Zoom, a edição de vídeos, as análises de situações táticas, etc. Por escolha ou por necessidade, somamos mais habilidades do que tínhamos antes da pandemia. Então, quais ferramentas continuaremos usando quando tudo isto passe? Serão os treinamentos virtuais um complemento dos presenciais? Seguiremos nos capacitando de forma virtual tão frequentemente como fazemos agora? Oxalá que isto haja sido uma oportunidade para aprender a agregar valor ao nosso papel como treinadores de uma maneira prática, simples e atual, sem nos esquecer que o central da nossa formação é o saber basquete e que tudo o demais é um “plus” que nos faz melhores profissionais.

Editar um vídeo, falar inglês e analisar estatísticas avançadas é importante, mas não é mais importante que saber de basquete. Em definitiva, disso se trata, antes, durante e despois da pandemia.

por Pablo Genga

Tradução: Filipe Ferreira