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Pontos de chegada, pontos de partida

Pontos de chegada, pontos de partida

De onde podemos planejar o novo ano nos clubes. Os processos são dinâmicos, portanto as necessidades de cada grupo devem ser seguidas. O jogo é o chefe.

O ano está fechando, é hora de avaliá-lo de uma perspectiva abrangente. Onde chegamos? O que queríamos? e como fazemos? Essas perguntas se repetem (ou deveriam se repetir) em cada um dos nossos miniclubes de basquete. Conseguir registrar esse olhar é tão decisivo quanto necessário para retroalimentar o projeto com dados concretos e visíveis.

Curso: O desenvolvimento técnico no mini basquete

O planejamento de 2023 não pode ser um abreviado de 2022. Os processos de ensino e aprendizagem são dinâmicos, mutáveis, flexíveis, às vezes imprevisíveis, nosso planejamento tem que seguir essa linha. O planejamento segue o grupo, o contrário não funciona.

Vamos debater esta ideia juntos: “Os planos falham, então você deve se sentir à vontade para improvisar/mudar o curso. Mas se você improvisar sem um plano, ficará sem rumo e facilmente se perderá. Então planeje. Mas planeje durante o fracasso do plano.” (Mark Manson).

Compartilho alguns inegociáveis ​​dos conceitos-regras do jogo para pensarmos em nossa próxima jornada.

Aspectos ofensivos para se formar no mini basquete.

◼ Regra do uso inteligente do espaço: Se a bola vier na minha direção, encontro um novo local, equilibramos a quadra.

◼ Recebo e tiro foto do jogo: não tenho pressa para driblar. Eu ameaço atirar.

◼ Se eu colocar a bola no chão (driblar), não congelo até que minha próxima ação esteja clara.

◼ Priorizamos as ações 1x1 e as vantagens que isso gera. Incentivamos “Quebrar e definir” ou “Quebrar e baixar”.

◼ Jogamos com a regra “1, 2, 3”. Se eu não conseguir passar pelo meu zagueiro nesse tempo, procuro uma nova ação de equipe.

◼ Preferencialmente eu ataco pelo lado oposto de onde vem o passe.

◼ Jogar de costas para a cesta somente se reconhecer uma vantagem, nunca como um atalho tático.

◼ Passar e cortar como regra obrigatória torna-se um sistema fechado. Usamos esse recurso quando lemos a chance de aproveitar essa ação. Eu sinalizo o passe.

◼ Rebote ofensivo, sempre. Eu não paro.

◼ Para lançamentos: princípio de "Apenas (tática) e confortável (técnica)". O mini basquete é para animar, a eficácia se consegue com o volume nas etapas seguintes.

◼ Passo do drible, economizamos tempo.

◼ O 2v1 é um 1v1 + 1 (eu ataco e leio o jogo), o mesmo para o 3v2, 4v3 ou 5v4.

◼ As regras da bola, eu me movo de acordo com elas.

◼ Mova-se o mais rápido possível do campo defensivo para a zona de ataque após a recuperação, conversão ou rebote. Aproveitamos toda a largura do campo.

◼ Instale a importância de jogar sem bola.

Aspectos defensivos para se formar no mini basquete.

◼ Colocar-me entre o meu atacante e o cesto é fundamental: “na estrada”, “defendo o número reduzido da camisola” são palavras-ideias pertinentes.

◼ Sempre abaixado (flexionado) e com as mãos inquietas. Eu ataco na defesa.

◼ Não paro, equilibro se fechei minha ofensiva.

◼ Pare a bola bem para cima.

◼ Ajudo quem me ajuda, com mudanças ou fintas e recuperação. Não como sistemas pré-estabelecidos, mas com o conceito de "eu resolvo o problema".

◼ Se eu for debuffado no último defensor, finta como recursos de saída.

◼ Rebote defensivo com bloqueio e/ou leitura de trajetória.

Suspeito que estejam pensando o seguinte: “Esses pontos são muito complexos para o meu grupo”, ou talvez, sejam apresentados como “incompletos e fáceis de alcançar para minha ninhada grande”. Deixo essa parte a critério de cada colega.

Processos de ensino lineares são desejáveis, mas muitas vezes utópicos. Os contextos de impacto, as idades de formação (biografias motoras), os diferentes níveis de maturação, os desejos e possibilidades singulares são algumas das variantes que nos impedem a possibilidade de unificar os nossos objetivos e conteúdos por idade.

Porém, se não desenvolvermos em paralelo e simultaneamente as ferramentas técnicas que suportam estes conceitos-regras do jogo, o crescimento dos nossos jogadores ficará incompleto. Eles saberão ler o jogo, mas não como escrevê-lo. A fronteira entre técnica individual e tática torna-se cada vez mais tênue, pensemos no jogo como uma ação final. Você não faz algo para agir de uma forma, você recebe a bola para jogar basquete.

Quando nos sentamos para planejar em fevereiro, partimos dessa ideia que é poderosa demais: "As regras do jogo, ele nos desgasta" a partir daí projetamos toda a nossa tarefa de ensino.

Desafio você a escrever seus próprios inegociáveis, não se esqueça de respeitar o direito de aprender que cada um de seus jogadores tem.

por Juan Lofrano

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