O discurso de incluir a diversidade, de reconhecer a heterogeneidade como o normal (conceito controverso para seguir debatendo), como o esperado, pensar em “muitas infâncias” é algo que, na última década, há se instalado nos âmbitos educativos, formais e informais.
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Nós, formadores, sentimos que o caminho é por aí. O direito de aprender deve ser de todos. Democratizar as aulas e respeitar os tempos de aprendizagem de cada aluno são acordos que não cabem discussão. O problema concreto aparece quando vamos a prática e nos encontramos com este paradigma irrevogável, no seu contexto real de aplicação.
Há que se resolver o problema dos diferentes níveis de desenvolvimento nos treinamentos. Questionar-se se é necessário planejar diferentes aulas dentro da mesma. Se os mais avançados esperam aos mais demorados ou ao contrário. A idades para se levar em consideração: a cronológica, a biológica ou a de treinamento. A ideia de muitos treinamentos dentro do mesmo, nos interpela e nos tira de nossa zona de conforto e de controle, sem dúvidas.
Organizar a aprendizagem em grupos cooperativos é, particularmente, necessário nas quadras onde se está jogando o mini basquete e que os jogadores apresentam diferenças em seus níveis de desempenho. Isso faz com que a diversidade seja um recurso ao invés de uma dificuldade, no sentido que permite aos alunos que se ajudem e aprendam entre eles.
Compartilho com vocês uma possível solução para este tema apaixonante e complexo. Apresentaremos jogos de 1x1 desde a metade da quadra. A intenção do ensino e a estrutura da proposta são similares para todo o grupo, mas a intensidade defensiva se adapta às possibilidades de cada jogador (a).
Algumas duplas jogarão o 1x1 real, outras com grande vantagem para o ataque e, outro subgrupo, com vantagem relativa. O objetivo do exercício não mudou, as ações ofensivas e defensivas estão ainda a cargo deles e nós, somente, oferecemos diferentes pontes para equilibrar possibilidades e desafios de cada indivíduo, de cada nível de aprendizagem.
Neste sentido, não se trata de criar um exercício para cada criança. Trata-se de buscar equilibrar velocidades, utilizar o espaço na sua totalidade ou parcialmente, limitar ou potencializar ferramentas de execução, dosificar intensidades defensivas, jogar com vantagem e desvantagem numérica, utilizar coringas que colaboram e outras estratégias que nos proporcionam uma dimensão artesanal da didática. Em definitiva, do ensino.
Para fechar, deixo um conceito do Prof. Diego Cavalli: “Em toda generalização se perde a singularidade e as exceções”. Concordo, profundamente, com este ponto de vista!
Por Juan Lofrano
Tradução: Filipe Ferreira
Em abril de 2025, acontecerá em Mar del Plata – Argentina, o 1º Train and Play LG. O evento inclui treinos, oficinas de arremesso, jogos competitivos, torneios de 3x3, todas as refeições, hospedagem e traslados.
Esta é uma lista de ideias para construir a identidade dos nossos times. Sempre é melhor trabalhar em bons processos.
Quem tem um bom arremesso desfruta mais do jogo. Mas arremessar bem é difícil e requer muito tempo de prática. Cinco dicas para jogadores. Cinco dicas para treinadores.
As crianças sempre querem jogar uma partida. Os professores querem que as crianças aprendam e se divirtam. Um exemplo para resolver essa questão.