Ao longo da minha formação como professora de educação física, ouvi vários professores e li vários apontamentos onde uma harmonização se repetia com muita frequência: o processo de “ensinar e aprender”. Aqueles que expuseram um tópico em relação a este conceito, deram por certo que sempre que alguém ensina há outro que aprende. Com o tempo e as horas em campo percebi que não era bem assim. Às vezes ensinamos e os jogadores não aprendem. E outras vezes os jogadores aprendem algo que não ensinamos a eles.
Curso: O desenvolvimento técnico no mini basquete
Especificamente durante a pandemia, e ao longo de várias conversas com Juan Lofrano, chegamos à conclusão de que para que ocorra o aprendizado, duas condições devem ser atendidas: desejo e possibilidade. Se alguém não quiser, não tiver vontade de aprender, não o fará. Por outro lado, por mais que você tenha vontade, se não tiver a possibilidade, também não aprenderá. Neste último caso, a possibilidade se dá pelo nível de maturidade, por estar no lugar certo e com o profissional certo para aprender.
Mas voltando ao tema do desejo, estou convencido de que este é o nosso grande objetivo na iniciação ao basquete: instalar o desejo. E acredito justamente que esta época, quando o final do ano se aproxima, é um período ideal para continuar instalando desejos. Fecham-se temporadas, fecham-se ciclos, passamos pelas últimas práticas da nossa categoria e podemos, como professores, fazer viver momentos especiais. Momentos mágicos. Este é o nome do livro de Chip Heath e Dan Heath em que eles explicam a importância de fechar uma experiência com um marco. Com uma lembrança que guardaremos por toda a vida. E se fizermos isso no basquete? E se fizermos isso com nossos jogadores e suas famílias? Pode ser a coisa mais importante que você lembra do ano inteiro.
Vamos pensar juntos. O que vamos fazer para fechar 2022? Sem dúvida, foi um ano especial. Voltámos à normalidade, reunimo-nos plenamente e voltamos a habitar plenamente os clubes. Aliás, em muitos casos encontramos novos amigos que não vinham ao clube na pré-pandemia. É hora de se reunir com o restante da equipe de trabalho e debater ideias. Aqui algumas sugestões:
- Um último treino onde cada jogador vem com sua família e todos nós curtimos os jogos. Vamos deixar a competição de lado e deixar que sejam jogos colaborativos, onde o desafio é vencer a nós mesmos.
- Uma experiência ao ar livre: ciclismo, trekking, dia de praia, para sair do lugar que nos convoca o ano todo e nos conhecermos em outro habitat. Podemos propor jogos em equipe, onde desenvolvemos vínculos e trabalhamos em pequenos grupos.
- Uma feira onde convidamos não só as famílias que já participam do programa de basquete, mas também conhecidos e parentes para continuar expandindo nossa atividade.
- Uma noite ou acampamento para continuar desenvolvendo a autogestão e a emancipação da mãe e do pai: é uma experiência e tanto dormir fora de casa, assumir a responsabilidade por nossos pertences, higiene e alimentação.
Certamente, a essas propostas tradicionais, você pode adicionar outras que possa imaginar. Sem dúvida, a atividade será uma desculpa para viver aquele momento que nos resta e continuar instalando desejos.
por Pablo Genga
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