Há distintas dicotomias que atravessam o mini basquete. Às vezes históricos e necessários. Outras vezes anacrônicos e desafortunados. Em alguns casos o signo de adição (+) toma mais força para conseguir uma síntese de valor. Em outras, aparecem os inegociáveis para deixar claro os paradigmas que me sustentam em minha tarefa de formador. Vamos com um percurso para pensar!
Tudo o que ensinamos na quadra é para jogar basquete. Está claro que manejamos intencionalidades de ensino com maior ou menor presença de cada um destes fatores. Entretanto, ao invés deste Vs., apostamos na adição. Técnica + tática, sempre!
Percebo como um falso dilema. O mini basquete sempre é competitivo. Sua lógica interna o indica. O problema nunca é a competição senão o que fazemos com a competição. Se os formadores a gerenciam, a controlam e a avaliam, podemos pensar em uma competição educativa.
Outra vez, apelo à adição. O desfrute e a aprendizagem estão do mesmo lado (ou deveriam estar). Despertar curiosidade, prazer, mentalidade de crescimento não se enfrenta ao esforço nem a tolerância à frustração controlada. Temos que gerar treinamentos úteis, colaborativos, dinâmicos e divertidos como evidência observável de boas práticas.
Resolvemos problemas ou repetimos de forma descontextualizada? A queixa de nossas crianças de que “aprendamos coisas de verdade, da realidade do jogo” é demasiado potente. Neste caso sustentamos o sinal “Vs.”.
Mini basquete misto, sem lugar a dúvidas. Já não há lugar para esta discussão não inclusiva. A maior quantidade de meninas e meninos juntos numa quadra de basquete com um formador ou uma formadora ensinando, deveria ser o norte de cada clube, escola ou academia. Outro grande signo de adição (+) que sustenta o mini basquete.
Especialização precoce Vs. Desenvolvimento multilateral
Um grande “versus” para sustentar e não se deixar tentar pelo atalho tático que nos faz ganhar algumas partidas, em especial nesta etapa de iniciação complexa e desafiante. Jogadores versáteis, criativos e que se animem a completar sua mochila de saberes com ferramentas diferentes. No mini basquete nos preparamos para as partidas difíceis do futuro. Necessitamos enchê-los de ferramentas.
Inegociável “Vs.” nesta etapa. “Ganhador fica na quadra”, “perde, fica assentado” e demais são vícios que devemos revisar e eliminar de nossos contextos de aprendizagem. Para isso está o foco nos direitos. O ritmo para apropriar-se das competências do jogo é singular, não percamos ninguém no caminho por nossos erros didáticos.
Deixei este princípio para o final com a intenção de refletir sobre este preconceito. A teoria oferece à prática resolver as perguntas do “por que faço o que faço?”. A prática, a partir daí, busca o “que” e o “como”. Integremos estes dois momentos do processo de ensino e de aprendizagem, estão muito mais perto do que nos parece.
por Juan Lofrano
Tradução: Filipe Ferreira
Foto: https://www.nuevazona.com.ar/
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